sexta-feira, 16 de maio de 2014

Regimes políticos (A - D)

Conhecendo os regimes políticos

Anarquismo ("sem governantes" ou "sem poder")

 é uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório e de Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias baseadas na livre associação.
Anarquia significa ausência de coerção e não a ausência de ordem. A noção equivocada de que anarquia é sinônimo de caos se popularizou entre o fim do século XIX e o início do século XX, através dos meios de comunicação e de propaganda patronais, mantidos por instituições políticas e religiosas. Nesse período, em razão do grau elevado de organização dos segmentos operários, de fundo libertário, surgiram inúmeras campanhas antianarquistas. Outro equívoco banal é se considerar anarquia como sendo a ausência de laços de solidariedade (indiferença) entre os homens, quando, em realidade, um dos laços mais valorizados pelos anarquistas é o auxílio mútuo.
A maioria dos anarquistas são apartidários; se opõe ao Estado e a qualquer regime ditatorial, apoiando a autodefesa ou a não violência (anarcopacifismo).

Autoritarismo

 É uma forma de governo que é caracterizada por obediência absoluta ou cega à autoridade, oposição a liberdade individual e expectativa de obediência inquestionável da população.
O autoritarismo possui as seguintes características para se manter no poder:
  • Exclusividade do exercício do poder.
  • Arbitrariedades.
  • Enfraquecimento dos vínculos jurídicos do poder político.
  • Alteração da legislação institucional criando regras para a auto manutenção do poder.
  • Restrição substancial das liberdades públicas e individuais.
  • Impulsividade nas decisões.
  • Agressividade à oposição.
  • Controle do pensamento.
  • Censura às opiniões.
  • Cerceamento das liberdades individuais, de pensamento, religiosas e de imprensa.
  • Cerceamento das liberdades de movimentação.
  • Emprego de métodos ditatoriais e compulsórios de controle político e social.

Coronelismo 
É usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início no plano municipal, exercido com hipertrofia privada (a figura do coronel) sobre o poder público (o Estado), e tendo como carecteres secundários o mandonismo, o filhotismo (ou apadrinhamento), a fraude eleitoral e a desorganização dos serviços públicos - e abrange todo o sistema político do pais, durante a República Velha. Era representado por lideranças que iam desde o "áspero guerreiro"Horácio de Matos a um letrado Veremundo Soares, possuindo como "linha-mestra" o controle da população. Como forma de poder político consiste na figura de uma liderança local - o Coronel - que define as escolhas dos eleitores em candidatos por ele indicados.
O voto branco e nulo são resquícios desse coronelismo, já que esses votos só facilitavam a entrada dos candidatos no poder. Funcionava assim: em uma cidade com 100mil habitantes e 10 candidatos, por exemplo, para ser eleito era necessário 10mil votos. Se 20mil pessoas votassem branco ou nulo, só eram necessários 8mil votos para se eleger. Dessa forma, menos votos teriam de ser comprados e menos pessoas ameaçadas (Voto de cabresto).
Como período histórico do Brasil compreende o intervalo desde a Proclamação da República (1889) até a prisão dos coroneis baianos, pela Revolução de 1930, tendo seu fim simbólico no assassinato de Horácio de Matos, no ano seguinte

comunismo ( "comum" ou "universal") 
É uma ideologia política e socioeconômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária,sem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção e da propriedade em geral, ou seja, ninguém tem direito a possuir propriedade de modo comercial ao estilo economia de mercado. Parte da convicção que a causa dos problemas sociais está na propriedade privada e na sua acumulação. Para a sua instalação, numa primeira fase, a propriedade privada seria estatizada, sendo o Estado gerido por um Partido político que se encarregaria de distribuir de forma igualitária a riqueza gerada por todos. Numa segunda fase, o Estado seria abolido, sendo o poder entregue ao povo.
Diferença entre comunismo e anarquismoComunismo seria uma forma onde existiria entre aspas um governo onde as propriedades são coletivas, e as decisões são tomadas pelo conselho que substituía toda a sociedade. O anarquismo seria a ausência total de qualquer governo ou algo do tipo.

Democracia 
É uma forma de governo em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.
Democracia liberal
É a forma de governo na qual espera-se que Estado abstenha-se de interferir na esfera de direitos dos cidadãos e na economia - visto que esta seria dotada de mecanismos de auto-regulação. 
Democracia incompleta ou semidemocracia
Descrevem-se, dentro da teoria da democracia comparada, regimes políticos que, embora já sejam considerados democráticos, apresentam várias deficiências frente a democracias desenvolvidas liberais e constitucionais.

Ditadura militarregime militar ou governo militar 
É uma forma de governo onde o poder político é efetivamente controlado por militares. Como qualquer ditadura ou regime, ela pode ser oficial ou não e também existem formas mistas, onde o militar exerce uma influência muito forte, sem ser totalmente dominante.A maior parte dos regimes militares são formados após um golpe de Estado derrubando o governo anterior. Exemplos diferentes do padrão foram os regimes políticos liderados por Saddam Hussein no Iraque e deKim Il-sung no regime norte-coreano. A começaram como uma Estados de partido único, mas ao longo de sua existência seus dirigentes e os militares se tornaram intimamente envolvidos no governo.
Inversamente, outros regimes militares preferiram gradualmente restaurar importantes componentes do governo civil, enquanto o alto comandante militar mantinham o poder político no poder executivo. No Paquistão, os generais Muhammad Zia-ul-Haq1 (1977-1988) e Pervez Musharraf (1999-2008) realizaram referendos para eleger singularidades próprias ao presidente do país para termos adicionais proibidos pela Constituição.

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